segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

[reinventando-se]

Neste blog portifólio deposito minhas impressões acerca do mundo por meio de criações artísticas (quadrinhos, literatura, fotografia, videos e plásticas) e experiencias com cinema e educação.

Espero que de alguma maneira o que foi postado aqui lhe toque ou ao menos desperte alguma sensação (seja boa ou má). Fico aberto a sugestões, críticas ou comentários.

Muito grato pela visita!

Seja bem vindo sempre, a casa (mas não é um blog?) é sua.

sábado, 19 de junho de 2010

[o poste, o olho e a caixa eletrônica ]


as linhas sangravam no espaço destempo, e no centro de tudo a torre negra silenciava. o tic tac se dava pelos topos de cabeça que passavam lá em baixo, os pombos pretos, brancos e grisalhos que pingavam em cada uma das faixas pretas plastificadas. era uma vida solitária e conformada, regada a poerira e significância falida.

num belo dia um dos topos de cabeça se mexeu de forma diferente, a torre notou dois olhos de carne e um olho eletrônico parados lá embaixo, apontados para toda a sua verticalidade que não dizia nada. o silencio previa ação e a torre estava presa sem poder se mover. foi o momento de um clique e sua alma foi roubada naquele instante sem cor.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

- afogado sem o pólem -

Escorreu por quatro cantos e meio no mesmo instante. Sabia que todos os lápis que apontara estavam fracos e escorregadios, então desenhar linhas não era mais algo agradável pra passar o tempo para outro instante. Ele lambeu a ponta dos dedos, afinou seu braço e mergulhou nas entranhas do seu esquecimento. Não sabia onde iria parar daquele jeito, preferiu ficar escondido no vazio de si mesmo, sem notar que havia sido abandonado.

Três gostas e meia pingaram do seu lado. Eram ex-flocos de neve, agora mortos, asassinados pelo olho. Ele nem percebeu, estava preso dentro de sua solidão escura e solitária. precisava alcancar algo dentro que nem ele sabia o que era, apenas o som do bater de asas coloridas insistiam nas suas lembranças perdidas.

A verdade é que ambos estavam longe. Ele de um lado e seu reflexo no outro. Ele só queria sentir aquele cheiro sépia de novo...

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

8


Naquela noite ele acordou sem ter dormido. Olhou para a fresta da janela e notou que reaprendera a enxergar de outra maneira. Se sentia mais leve, mais apaixonado pelas curvas da vida. Ele se deitou, abriu um sorriso e removeu todas as dores de seu mundo.

Embora não tivesse ouvido, uma cigarra cantava na árvore do outro lado da rua.

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quinta-feira, 19 de novembro de 2009

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

[fome de mim mesmo]

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não tem mais luz
não tem mais cor
não tem mais tom
não tem mais eu

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ao som de: os caminhões que passam sob o sol e sobre o asfalto que não respira.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

[introspecções acerca de um mundo]


Tenho estado há tantos tempos distante
Não sinto mais as pernas, nenhum membro
A escadaria me carrega para dentro da mente
E num só fraquejar, me derreto, me cerco

Minha distração aflora
Tudo parece tão intenso

Me torno a arena de um conflito entre eu e eu mesmo
Onde no final de tudo, somente eu serei o perdedor

Frente a frente, a segurança e o medo
Me fazendo deslocar de um canto a outro
Um prisioneiro do tempo auto-destrutivo