segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

texto expontâneo

Tu-tu-tu. Um mundo se fechou, outro se abriu naquele instante. E ele ficou ali de pé, parado aguardando ser surpreendido. Ficou lá, e só. Esquecido por ele mesmo, só. Queria ouvir de novo palavras bonitas, mas não ouviu. Só o silêncio de seus ouvidos (que não carregavam lágrimas) o consolava (o fazia lembrar) e só. A borboleta havia se ido por hora, o deixado a sós, só por um instante. Ele era incapaz de entender, ficava ali parado e só. Se mexeu, olhou para a geladeira. “Se entupir de comida”, a primeira coisa que pensou sem entender o porque. Foi. Comeu queijo (que ela dizia gostar), chocolate, os dedos. Não pensava em nada, não percebia nada, não se preenchia com nada do que realmente necessitasse, não entendia o por que e só.

2 comentários:

Anônimo disse...

Toda volta é conseqüência de uma ida, assim como o fim existe porque houve um início.
Cada retorno é uma vontade, alimenta o vício de impregnar-se no espaço entre os lábios no macio dos braços.
As idas são necessárias.

Anônimo disse...

Gostei :)